MONTE ALEGRE PINOT NOIR 2018

MONTE ALEGRE PINOT NOIR 2018

FICHA TÉCNICA

Localidade do vinhedo: Monte Alegre dos Campos
Região do vinhedo: Campos de Cima das Serra – RS – Brasil
Altitude: 950 m
Uva: Pinot Noir
Teor Alcoólico: 11,6%
Quantidade produzida: 2.800 garrafas
Colheita: manual em caixas de 15 Kg
Desengace: não (fermentação semi-carbônica dos cachos inteiros)
Quebra das bagas: cachos pisados a pés
Remontagem: manual, por pigéage
Transporte do mosto na encubagem: manual / por gravidade
SO2 adicionado ao mosto: não
SO2 adicionado nos transvases: não
SO2 adicionado no engarrafamento: baixo
Tempo em barrica: 18 meses
SO2 total detectado após o engarrafamento: 14 mg/L
SO2 total permitido por lei no Brasil: 300 mg/L   

 

 

 

 

 

 

 

 

NOTA DO VINHATEIRO

Ao contrário de Fulvia, Monte Alegre Pinot Noir não sofreu mudanças de vinhedo. Segue desde sua primeira safra o reflexo fiel do vinhedo de origem, expressando apenas diferenças de clima e ponto de colheita a cada ano. Partindo da premissa de uma idêntica vinificação ano após ano, passamos à noção de safra. Embora Fulvia Pinot Noir goze de mais fama Monte Alegre é, para mim, o mais borgonha dos pinots do Atelier. O mais clássico e o mais instigante. Graças a uma certa nota defumada, marca registrada do vinhedo (clone x localização x clima), tem sido comparado aos vinhos da apelação Vosne-Romanée (inclusive por conhecedores franceses). A meu ver a safra 2016 representa o melhor pinot hoje disponível no Atelier. É também a melhor safra de Monte Alegre, sendo superada apenas pala  safra 2018. Aliás, Monte Alegre Pinot Noir 2018 é provavelmente o melhor pinot já elaborado pelo Atelier, mas como a safra 18 originou vinhos de grande estrutura precisaremos de mais uns três anos de guarda para que o vinho mostre todo seu caráter. Monte Alegre 2018 apresenta grande estabilidade microbiológica e limpidez aromática, constituindo-se num exemplo bem-sucedido de vinificação sem adição de SO2. É um vinho tecnicamente preciso, não perdeu a tão almejada “pinosidade” para a oxidação aromática ou presença de acidez volátil, tão comuns quando a uva pinot noir é fermentada sem adição de SO2. Trata-se de uma excelente safra desse vinhedo, que somada ao ponto de colheita ideal originou um vinho reto, austero, concentrado, com excelente vibração, nervo e tensão à flor da pele, fruta vermelha ácida em abundância e um ótimo equilíbrio entre acidez e doçura.