FULVIA 2010 INCLUÍDO NA CARTA DE VINHOS DO BADALADO RESTAURANTE PEARL & ASH, EM NEW YORK

FULVIA 2010 NA CARTA DO RESTAURANTE
PEARL & ASH, EM NEW YORK

FULVIA 2010, DIVISOR DE ÁGUAS NA HISTÓRIA DO ATELIER

Fulvia 2010 é fruto de uma vinificação radicalmente natural, fermentado com leveduras selvagens sem adição de SO2 em nenhuma etapa do processo. Amadurecido dois anos em barricas francesas velhas, foi o primeiro vinho do Atelier após minha incursão pela Borgonha profunda. Com ele testamos pela primeira vez, no Atelier, métodos de vinificação muito antigos, herança dos monges cistercienses resgatada e valorizada por alguns dos vinhateiros que visitamos na França. Os reflexos dessa mudança de abordagem em vinificação foram imediatos. Fulvia 2010 fez grande sucesso imediatamente após o lançamento, sendo um divisor de águas na história do Atelier. Desde então todos os nossos vinhos passaram a ser elaborados pela fermentação semi-carbônica dos cachos inteiros.  Existe um antes e um depois da safra 2010 em nossa trajetória, portanto, influência de uma viagem que mudou para sempre a minha forma de perceber e conceber o vinho. Enquanto as vinificações convencionais preceituadas pela cartilha enológica, implicando separação dos engaços, esterilização dos mostos e adição de leveduras selecionadas tendiam a repetir o padrão industrial em escala artesanal, as vinificações espontâneas dos cachos inteiros traziam muito mais complexidade aos resultados, conferindo aos vinhos um caráter herbáceo, uma paleta floral, um frescor e uma estrutura inalcançáveis em vinificações convencionais. 

Confira aqui o artigo que conta a curiosa história da garrafa de Fulvia 2010 que vai parar na Suíça sem o nosso conhecimento, e lá é analisada para o teor de SO2.

DOIS ANOS DEPOIS DE FIGURARMOS
NA CARTA DO PEARL&ASH,
AS NOTÍCIAS DE NYC 

A experiência de ter nosso vinho na carta do restaurante com a oferta de rótulos mais badalada de NYC foi surpreendente, provando que nossos compatriotas, apesar de tudo, vibram quando o país dá certo. Foram várias as manifestações orgulhosas de brasileiros que, jantando no Pearl & Ash, fizeram questão de pedir um Fulvia 2010. Não poderíamos deixar de compartilhar a foto e a mensagem abaixo. Grato, Bruno, sinto orgulho de um brasileiro como você, que à frente de uma das melhores cartas de vinhos de NYC (segundo o New York Times), tendo à mão os melhores vinhos do mundo, opta por um rótulo que traz o gosto da terra, da chuva, do sol do Rio Grande do Sul. Agradeço em nome dos brasileiros que, como eu, atuam em prol do país.
Obrigado Oswaldo Correa da Costa, pela apresentação do Fulvia CF 2010 à direção do Pearl&Ash.


17 de Junho de 2015 

Boa noite Sr. Marco,

É com grande satisfação que lhe informo que bebi o seu último exemplar na Pearl & Ash em NYC. Fico muito feliz e orgulhoso de ver um vinho brasileiro entre os poucos do velho mundo vendidos aqui, ainda mais sabendo que aqui é um dos melhores lugares para se beber vinho em NYC. Imagino que o senhor deve sentir uma felicidade tremenda. Enfim, parabéns pelo trabalho, de apenas mais um cliente seu. 

Bruno Winzewski

Tormentas Fulvia 2010 na carta do Pearl&Ash, New York

ESTADOS UNIDOS À PARTE, UMA CARTA DE VINHOS DE 22 PÁGINAS CONTENDO SOMENTE SETE RÓTULOS DO NOVO MUNDO, DOS QUAIS APENAS DOIS DA AMÉRICA DO SUL

Segundo artigo de 7 de maio de 2013 no New York Times, “desde sua inauguração o Pearl & Ash é o mais excitante local para se beber vinho em New York”. Pudera: tendo um sommelier como sócio (Patrick Cappiello) e uma carta de vinhos com 22 páginas, composta em sua maior parte pela Borgonha e em boa parte pelo Vale do Loire, é difícil que um apreciador de vinhos naturais (ou um apreciador exigente) saia decepcionado. A carta inclui ícones mundiais da vinicultura natural, como Marcel Lapierre e Claude Courtois, entre outros – além de grandes clássicos como Romanée-Conti, Pétrus, Gaja, Musar (Líbano). À exceção dos Estados Unidos, corretamente priorizados na carta, não há mais que meia-dúzia de representantes do Novo Mundo, a saber, um do Brasil; um da Argentina; um da Nova Zelândia e quatro da Austrália. Pode parecer insólito para nós, mas o Chile não faz parte desta carta.

Bruno Winzewski Fulvia 2010 à mesa do Pearl & Ash, NYC
Foto de Bruno: Fulvia 2010 à mesa do Pearl&Ash