FULVIA PINOT NOIR 2018

FULVIA PINOT NOIR 2018

FICHA TÉCNICA

Localidade do vinhedo: Encruzilhada do Sul
Região do vinhedo: Serra de Sudeste – RS – Brasil 
Altitude: 450 m
Uva: Pinot Noir
Teor Alcoólico: 12,9%
Quantidade produzida: 2.700 garrafas
Colheita: manual em caixas de 15 Kg
Desengace: não (fermentação semi-carbônica dos cachos inteiros)
Quebra das bagas: cachos pisados a pés
Remontagem: manual, por pigéage
Transporte do mosto na encubagem: manual / por gravidade
SO2 adicionado ao mosto: não 
SO2 adicionado nos transvases: não
SO2 adicionado no engarrafamento: insignificante
Tempo em barrica: 18 meses
SO2 total detectado após o engarrafamento: 9 mg/L 
SO2 total permitido por lei no Brasil: 300 mg/L

NOTA DO VINHATEIRO

Em sua primeira edição, safra 2009, Fulvia Pinot Noir fez sucesso imediato, imprimindo ao rótulo uma reputação que desde então não parou de crescer. Foi o primeiro pinot noir brasileiro de que se tem notícia concebido rigorosamente dentro das tradições e métodos de vinificação ao mais clássico estilo da Borgonha: fermentação semi-carbônica dos cachos inteiros; descuba diretamente em barricas de carvalho francês de vários usos para as fermentações de acabamento e afinamento por um ano. Desde então as comparações às cegas com grandes borgonhas não cessaram de se multiplicar. Em 2014 termina o acordo de fornecimento junto ao vinhedo original e inicia-se a busca por um novo vinhedo capaz de alcançar a delicadeza e a complexidade que fizeram o prestígio das safras 2009, 2011, 2012 e 2013. Várias regiões e clones são testados e a safra 2015 faz grande sucesso, apesar da mudança no perfil do vinho. Finalmente, na safra 2018, é usada a pinot noir de um vinhedo distante apenas quatro quilômetros do vinhedo original, em Encruzilhada do Sul. No que diz respeito à localização geográfica teríamos tudo para alcançar resultados parecidos, mas o clone de pinot noir  desse novo vinhedo mostra-se muito diferente de todos já vinificados pelo Atelier. Eis aqui, então, na safra 2018, um Fulvia mais concentrado, fruto de uma safra quente e seca, com teor alcoólico consideravelmente mais alto que os anteriores e influência de notas compotadas, sem contudo perder a vivacidade da fruta e mantendo uma acidez refrescante. Um vinho complexo, com notas defumadas e a clara assinatura aromática de uma vinificação sem adição de SO2. Deve ganhar ainda mais complexidade com alguns anos de guarda, mas não vejo razão para adegar longamente um vinho tão redondo, fruto de uvas tão maduras. Eis um vinho pronto para ser consumido imediatamente, embora deva crescer em complexidade em alguns anos de guarda. Em 2020 foi testado um clone diferente do mesmo vinhedo, com resultados que estão bem mais próximos aos das safras 2009-2013.  Finalmente na safra 2020 Fulvia Pinot Noir, órfão desde 2013, provavelmente reencontre sua identidade original. Mas essa é uma outra história.